"Mais luz do que o sol do meu céu só o som do seu sim" (Tchello d'Barros)

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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008



Caminhos de Luz!

Talvez em outras histórias
Eu tenha sido uma canção consumida
Na voz que me foi oferecida
Ou na emoção que foi sentida.
No caminho nebuloso
Fui o sol da tua alma
Que festejou tua chegada
Numa iluminada melodia.
Se fui caminho de luz
Ocultei a essência da minha dor,
Do meu silêncio declarei paixão
No pensamento, a criação
No canto,
Uma oração!

Conceição Bentes

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008




Confidências!

Sou o ser que em todo universo
Reverencia o amor
Que voa e sabe chegar
Que transmuta a dor em alegria
Sou o tudo unido ao nada
Que usa o coração buscando
A última verdade
Sou o mesmo chão que piso
A mesma dor que sinto
De mil e uma tristezas
Dentro de tantas alegrias!


Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 05/12/2008
Código do Texto: T1319794



Cores da Alma!

Pinto a alma com meus tons
Inseguros e diluídos
Negando o meu “eu”.
Pego na mão do destino
E ganho o mundo das cores
Colorindo a mente poluída
Dos que me cercam
Mas me perdi no caminho multicores
Em busca da liberdade
Que tinge a força do meu ser!

Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 05/12/2008
Código do Texto: T1319795

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008




Estrela Viajante!

Sou uma estrela viajante
Que se veste de poesia
E na busca da perfeição
Configuro a emoção.
Sento sobre a vida
Na liberdade do infinito
Onde a luz que irradio
Envolve meus sonhos
Acabados de nascer.
Tal astro peregrino,
Galopo sobre cometas
Percorrendo vidas esquecidas
Que o silêncio consumiu.
E na imensidão de outros céus
Evidenciando razões determinantes
Reluzo pela luz natural
Nas esferas cósmicas do meu ser!

Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 04/12/2008
Código do Texto: T1317704



Deusa!

Trazes no teu olhar
Um mundo secreto
Inatingível
Só teu!
Surges bela e enigmática
Tal uma deusa
E em cada passo teu
Tens um modo de chegar
Iluminando por onde passas
Os caminhos do meu destino
No teu brilho
Encontro meu refúgio,
Nos fragmentos da tua luz
Minhas incertezas se dissipam
E na grandeza do teu silêncio
Minha alma se reveste de paz!

Conceição Bentes
(Dedico a poeta Elischa Dewes)
(09/11/08)



Entardecer da vida!

Escondo-me como o sol no final de tarde
E tento adormecer as lembranças que vagueiam
E ocultam a falência do meu caminhar
Aguardo a chegada das estrelas
Como se fosse minha alternativa única
De um lampejo de liberdade
E fica a questão de essência:
Renego a condição de partir!

Conceição Bentes
(06/11/08)



Almas que se completam!


Gosto de ti porque não te mascaras
Não compras o perdão
E no teu silêncio falas a Deus
Andas de mãos dada com a vida
E nos percalços sais vitoriosa
Não te intimidas diante das sombras
Porque és a própria luz
E quando todos se vendem, se corrompem
Tu te divides na tua integridade inabalável
Inundaste-me a vida
com a alegria de uma menina
E de tudo que dissemos
só uma palavra ficou acordada:
nossa saudade!


Conceição Bentes
(06/11/08)
(Dedico a poeta Kênia Bastos)



Lenda!

Paro no tempo cansada
Não tenho origem nem destino
E porque existo?
Sou um anjo que voa sem asas
Diante do céu sem cor
Que procura agarrar-se
Em um fragmento de força que resta
Perdida, abatida
Não quero pertencer a coisa alguma
Sou uma lenda

Conceição Bentes
(10/02/08)



Partida!
Senti a chuva lavar meu rosto
O mundo esvaindo-se pelos meus dedos
Senti tudo ter
Sem nada possuir
Tive o sol das manhãs
A lua
Fui rainha sem reinar
Escrevi tal um poeta sem pena
Fui amante e pedinte
Não me arrependo
Em ter sido quem não fui
O que está escrito fica registrado
Na memória do tempo
Só escuto a voz do vento
Trazendo-me a triste canção
É hora da partida!

Conceição Bentes
(15/01/08)



Luz!

Guardo a luz em velas
Que se dissolvem ao sol
Nas lindas manhãs
E nas mãos aqueço
A luz fria da noite
Onde as cores escurecem
Os sentidos claro da alma
Guardo as palavras sem cores
Entre os sonhos e segredos
Lembrando escrituras e estórias
Que não reviverei
Olho um horizonte distante
Adormeço com anseio
De alcançar coisas
Que nunca conheci

Conceição Bentes
(10/06/08)



Minha alma!

Lavei minha alma
Nas cerdas mais suaves
Da observação, do carinho e do silêncio
Não tive prudência eu tudo que fiz
Não ouvi o canto do rouxinol
Nem toquei no orvalho da manhã
Os raios do sol não me aqueceram
Não cuidei do silêncio
Agora meus sentidos mais aguçados
Penetram na alma em percepções
De diamantes e de ouro
Sinto-me viva e em cada música
Decifro o mistério do Universo
Inscrito no brilho do meu olhar!

Conceição Bentes
(30/08/08)



Tecelã!

Teço a vida
Nas cores vibrantes da emoção
Nos encontros e desencontros
Retrato paisagens
Revelo enseadas, recantos
Abismos, passagens
Onde recrio a magia
Tempestades, calmaria
São tecidas em silêncios nervosos
Inteirando natureza e coração

Conceição Bentes
(30/09/08)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008




Anjo das Montanhas!



Vieste das montanhas

Entre verdes vales

Onde cachoeiras de muitos “véus de noiva”

Desenham paisagens mágicas.

Atravessaste o espaço

E chegaste a minha alma

Enfeitando meus desenhos

Dando vida a sonhos adormecidos.

Fizeste de mim a morada dos teus deuses

Que transformaram minhas lágrimas

Em pérolas de sorrisos

Nos meus versos amadores

Escrevo o meu sentir

E canto meu amor por ti

Na minha longa caminhada!



Conceição Bentes

(Dedico a poeta Marta Peres)

Publicado no Recanto das Letras em 30/11/2008
Código do Texto: T1312022





Dimensões do Infinito!



No vôo das gaivotas

Pairou o silêncio no ar

Fechando nossos olhos

Como uma arca, repleta de folhas secas

Colhidas por nossas mãos.

Caminhamos no bosque noturno,

Fomos a luz que guiou o tempo

E nosso amor viajou na madrugada

Em aromas de fluidos celestiais

Coloquei minha alma em suas mãos

Adormecendo na penumbra deste anoitecer

E o silêncio se fez dono do espaço

Da atmosfera, que respira

A placidez do paraíso!



Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 29/11/2008
Código do Texto: T1309315






Tempo de Sentir!

O tempo apaga palavras
que foram ditas e ouvidas
e o vento dissipa as letras escritas de areia
dissolvendo as emoções
Os pergaminhos dos sentidos
Despertam no tempo
Abraçando-se como fogo
Na lenha seca
Permitindo que barreiras
Cedam e invadam mundos
Onde a alma se revela.

Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 30/11/2008 Código do Texto: T1310819