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O mar ouve quieto
o som do vento frio
incansável, sorvedouro
intenso, disseminante
Saudades incontidas,
vestidas de amanhecer
adormecem em silêncio
despertando em ti o entardecer...
A lucidez da entrega
rebate na languidez do ocaso
e a estrela sem pouso certo
oscila na amplidão do espaço
Etérea se faz a causa
ofuscando um desejo louco
pois entre o encontro e o beijo
o amor conduzirá o complemento
É hora de voltar ao mar
é hora de ouvir o vento.
Ceição Bentes/Marçal Filho
Natal RN/Itabira MG
07/11/2010