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Permaneço em meus momentos
sem deixar escapar
o cheiro das manhãs chuvosas,
o rumor das coisas não tocadas
Sinto, ao ouvir a canção que entoas
a permanência dos teus passos
onde me guardo
Não me perdi para te encontrar,
sou viajante entre o real e o irreal
Choro, silencio,
muitas vezes, não existo,
em planos reinventados
no estio que se desfaz
deixo-me levar por caminhos outros,
imperceptíveis...
Depois, ao repensar a vida
descubro que da insensatez
do tempo por mim perdido
sobra a displicência de meus acasos.
Conceição Bentes/Marçal Filho
Natal RN/Itabira MG
11/06/2010