O eco surdo do tempo
transpõe a fúria do vento
fincando esporas de dores
nas sombras que de mim
se apartaram
Lágrimas do silêncio
varrem de minha face
as infinitas luzes
das últimas estações
Madrugadas orvalhadas
espalham sonhos em arco-íris,
ressuscitando o sol da quietude
em cristal que se petrifica
Conceição Bentes
23/11/09
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Vozes do silêncio
Estações
Estações da espera
escavam meus sonhos
compondo rimas decadentes
ancoradas no princípio intocado
da saudade sem comando
Outonos passeiam no futuro
mudando ausências cortantes
dos dias avessos de ti
Chega o inverno do tempo
com a solidão que desce
imperiosa e fria,
feito aragem macilenta
soterrando a alma fugidia
Conceição Bentes
21/11/09
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