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Quero o tempo e horas
sobrevivendo às tempestades,
intraduzíveis, silenciosas
na imensidão de outros céus
Sou o vazio silêncio
que nunca foi suficiente
aos olhos do esquecimento
Dos atos falhos,
não me prendo a nada,
sou o próprio som do meu ser,
a verdade da consciência,
caminhos a percorrer
Nivelo-me à única certeza que tenho,
desisto dos sonhos que morrem em mim
ficando a soberania do desapego,
a alternância das dores,
o reflexo do sentir
Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 16/09/10
Código do Texto: T2502302