terça-feira, 26 de abril de 2011
Para que o encanto volte
Não se perde um olhar,
nem imagens perfeitas
e inacabadas,
no silêncio solto de tantas saudades
Talvez fosse o caso
de dizer não à solidão,
celebrar confrontos de recordações
livre como o vento
nas sucessivas partidas...
Quem sabe fosse necessário
mais sorriso, menos choro,
mais encanto, mais verdade
Talvez assim, os desencontros
não seriam corriqueiros,
pois seriam raridade.
Ceição Bentes/Marçal Filho
Natal/Itabira.
10/04/2011
Desejos
Desejo abraços sem fim,
voz que me embriague,
olhar ofuscando meu pensar
e a tua volta no tempo certo,
com vontades incertas
de um amor sem pudor
Não separo saudades
dos sons guardados no peito
ou nas águas que banham meu rosto
cansado de ouvir músicas do estado passado
Venho de um amor que se perdeu,
sem sorriso, sem festa,
numa poesia sem rimas, sem métricas,
um canto de dor
Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 10/04/11
Código do Texto: T2899807
Horas do meu tempo
Eternizei o vento com palavras
abrindo janelas da alma
à procura de um sinal.
Atravessei desertos do mundo
descrevendo as horas dos meus dias
tentando encontrar teu sorriso
Na música que me acompanhou
talvez amanhã te encontre
com jeito provocador
desafiando caminhos
Quando já não eras esperado
ao saber totalmente de mim
poderás partir
pois já levas contigo
a eternidade do amor.
Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 03/04/11
Código do Texto: T2886664
Meu Lugar
Estou no canto das manhãs
que embala seu sorriso,
nos ocasos das esperanças
que carregam fardos temporais
Posso ser os olhos que encaram,
prendem ou libertam lágrimas
quando as mãos são estendidas
ao perdão
Encontre-me na ausência da dor,
afastando pedras
nos caminhos serenos,
na coragem suficiente
de andar em mar revolto,
e ser a porta aberta
ao refúgio que procuras
Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 03/04/2011
Código do texto: T2886659
CORAÇÃO DESERTO
Descortino os anos
no vento sem danos
sem véus,
na minha alma deserta
Abrem-se as cortinas do tempo
entre frisos vermelhos da tarde,
o deus da luz celebra
o amor nas constelações
No âmbar dum mistério frívolo
reinvento anseios outros.
Vislumbro nova estrela lilás
onde o desenho se converge
Então, no éter observo os matizes
que dão forma e brilho ao encanto
e este passa pela fresta do espelho
para refletir no coração pulsando só
Conceição Bentes/Marçal Filho
Natal RN/Itabira MG
27/02/2011
Publicado no Recanto das Letras em 03/04/2011
Código do texto: T2886648
Assinar:
Postagens (Atom)