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Canto a solidão
no jardim que floresce o silêncio
transitando na luz
deste cerco infinito
Sou pássaro de pedra,
navegante além de toda rota,
o isolamento do cais
de profundas e eternas águas
Anseio pela liberdade mutilada
nas larvas do futuro desconhecido
onde tristeza e solidão se apagam
nascendo a aurora da vida
Afasto as miragens
que de mim se cercam,
são sombras de minha sombra
mas adormecem e se perdem
Conceição Bentes
18/07/09
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