terça-feira, 24 de agosto de 2010
Plenitude
Preciso abrir as janelas da alma
deixar o vento adentrar
em meu tempo completo, incessante,
respirar flutuando o céu liquefeito
com as luzes de um ocaso
que chega sem avisar
Guiar-me pelas estrelas
soltando as amarras
em busca do mar da tranqüilidade,
levando comigo apenas
bagagens da vida, lembranças sem idade
e o amor à beira do tempo
em grades de brisa
Canto agora em silêncio,
as retinas se calam
e o tempo com seus ponteiros
e pêndulos tortos,
anunciam a tua companhia ausente
no pensamento que me fala.
Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 24/08/10
Código do Texto: T2457237
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