domingo, 25 de setembro de 2011
Sonhos Atrelados
Aqui, debruçada e absorta
deixo-me seduzir
pela brisa do mar
em açoites de frio
de uma saudade alísia
Estradas perdidas
onde andei,
desafiando o universo
que o amor conduz,
a solidão foi o meu silêncio,
minha paz, minha luz
A clara luz excedeu
o som da prece
do teu suspiro manso,
para que nunca me falte
a alegria dos inúmeros recomeços
Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 25/09/11
Código do Texto: T3239877
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Colo da Paz
Coloco minh’alma
acima da imensidão
que me leva
a uma poesia fria
Prendo a hipótese
de algum querer
e contradigo razões
no caminho inverso
do meu amor
Parte de mim sopra palavras
delineadas em ti,
aderidas como o sol
num poente dolente
que deita no colo da paz
Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 21/09/11
Código do Texto: T3232860
sábado, 17 de setembro de 2011
Silêncio de cada dia
Em cada dia
silêncios surgem
em retalhos de estrelas,
colhidos nas frestas
do meu inverno oculto
Sussurra a noite fechada
dentro de mim,
a palavra não respondida,
o passo lento da espera,
o caminho do tempo submerso
Represento a dúvida
do meu não saber,
as trilhas desfeitas do meu ser,
buscando o falar
distante do meu ouvir
Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 17/09/11
Código do Texto: T3224483
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Cantigas do Tempo
Tempos que navegam
prisioneiros da vontade da vida,
despertam sonhos orvalhados
nas luzes do arco-íris
Seus olhos trazem alvoradas
mergulhadas em promessas sem direção,
como um suspiro manso,
furtivo e fugidio
O tempo delimita a dimensão da alma
afaga os amores esculpidos no éter
para eternizar os momentos lúdicos
Traz certezas para invadir os afazeres,
e brindar com liberdade, nossos sentidos
depois brinca de cantigas de ninar
e embala nossos sonhos entrelaçados de Amor.
Ceição Bentes e Marçal Filho
Natal RN/Itabira MG
07/09/2011
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Sol da Vida
Desfolho o reviver
com o gosto dos teus olhos
cheios do silêncio
da tua alma ausente
Livra-me do sol morno
da indiferença,
do mistério das estrelas distantes
que percorrem caminhos desencontrados
Traga-me o viço do recomeçar,
o gesto puro do olhar amante,
as emoções flutuantes
das tardes crepusculares
Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 06/09/11
Código do Texto: T3204279
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