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Quero um verão
para erguer-me das fragilidades
que tenho em silêncio
Ponho a vida acordada
esculpindo teu rosto estático
com a exatidão de um soneto definido
Ouço nossas ausências
que se dissolvem com o inverno,
no perfume outonal do que fomos
Vivo a impregnada rebeldia
repartindo os temores dogmáticos
podando o verdadeiro sorriso
com a confiança que me foi doada
Conceição Bentes
10/11/09
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