segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
O Último Ato
Vago em desvios precários
desencadeando no tempo,
o silêncio como hóspede
de falas tramadas
Minha estrada segue sem volta
numa rota de exatidão
abrigando saudades
abertas em propostas,
fechadas em solidão
Estou entre paredes fechadas
e minhas asas conscientes
encontram espaços de cores presentes
iluminando janelas ausentes
Sou um ser volante
no meio da correnteza
de um delírio singular,
fazendo da dor o louvor
aos versos que a ti componho
sem nunca mais te encontrar
Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 11/01/10
Código do Texto: T2023756
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Misterioso e melacólico, mas lindo, como sempre. E lá vamos nós, seus leitores, reler e meditar, refletir, saborear esta linda poesia. Parabéns e muitos aplausos, Nando.
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